A chuva molhava seus
cabelos,
e também os meus,
mas ela nem ligava,
porque
sabia que a chuva
era uma dádiva
que nos fazia ter água
num copo dágua
e com isso preservar
a nossa vida.
Ela estava sempre muito
consciente
daquilo que a rodeava
e nem
por um minuto arredava pé
de seus pensamentos
que sempre os achava bons
e úteis.
E com unhas e dentes
lutava por eles.
Agora, mesmo molhada,
buscava
minhas mãos vazias,
mas cheias
de vontades e de carinho,
pois bastava achegar-se
...e pronto
o incêndio começava !
E já nem se podia mais
apagar.
Tudo começava e terminava
com suas mãos ansiosas...
Ah...essas tuas mãos...
insaciáveis
sempre querendo mais e mais !
Onde vamos parar amor?
Hum...eu sei...vou parar nas
tuas mãos...
E sei tudo o que elas podem
fazer...e fazem...
Hum...essas tuas mãos...!
Que mãos !!!
Cássio Seagull
Sem comentários:
Enviar um comentário