sexta-feira, 6 de julho de 2012

Deixa-me devastar tua pureza



Deixa-me devastar tua pureza,
Quero escarrar na tua beleza,
Satirizar tua inocência,
Desvirtuar tua decência.
Entregue-me teu corpo belo
Entre nós haverá sempre um elo.
Tu serás minha presa,
Minha fonte de riqueza
E eu serei para ti uma surpresa,
Garanto-lhe anos e anos de fraqueza.
Escarneço do que tu chamas virtude!
Amiúde!

Por que foi se apaixonar?
Eu lhe disse: - Não sei amar.
Quero ver nos teus olhos a dor.
Lembre-se: é tudo culpa do amor.
Apenas quis mostrar o prazer
Devasso, libidinoso, doença do impuro ser.


Anabel Fredini

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