Nunca mais eu te vi na minha rua,
- quantas noites fiquei à tua espera?
Às vezes conversava com a lua
e tu chegavas feito primavera.
Partiste. A dor no peito se acentua,
esquecer-te, talvez, ai quem me dera!
Que a minha vida triste continua,
e sem amor, a mágoa é que prospera.
Meu coração, no entanto, tão teimoso
insiste em te buscar, sempre ditoso,
sabendo que jamais hás de voltar.
Ao ver morrer meu sonho, morro junto,
mas antes de morrer em vão pergunto:
- que explicações o amor tem para dar?
Filemon F. Martins
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