sábado, 23 de abril de 2011

Coração Selvagem


Olhar penetrante,
Sorriso envolvente...
Coberto com véu.
Dança pra mim,
Carregando uma rosa,
Símbolo do coração,
Estendida em minha direção.

Sou beija-flor...
Não resisto ao calor,
Roubo o néctar desse corpo na forma de flor...
Meu coração é selvagem,
Nômade, boêmio e preste a seguir nova viagem...

Mas algo me prende e me faz acampar,
Desejando estar preso do que me libertar...
Desse beijo, desse corpo e desta alma misteriosa,
Que fervem o sangue em veias tortuosas...

Mergulhados em meio a tanto calor e suor...
O beija-flor e a rosa se fundem...
Com corpos, mãos e bocas entrelaçadas...
E duas almas, antes do toque, misturadas...


Toni Mello

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