terça-feira, 12 de abril de 2011

A esposa sensualista


Como és bonita, meu peito!
Desmancha a roupa sem pejo;
Nua, de pés ao corpo ardente
De alvor à alva entre o desejo.

A alcova do ardor - só o amor!
Beija-me! A amante entre o leito...
Cor dos lábios sobre o banho;
A aura virgem, sente o peito.

Só o laço deu-me às costas;
Eras a flor sem medo à vida
Sou casto! A aurora do sol...
Foi-se a flor da alma lânguida.

Canta a flor d´água vivida;
Que foste o meu amor à alma
Sem gozo! És tão doce à praia!
Ama-me o arrebol da calma.

Os véus sensuais sem morte,
Dou-te o céu no colo eterno
Sinto, és minha doce amante!
Quero-te o anseio bem terno.

Teu coração, doce vinho...
Acolhe-me o vergel d´água;
Eis-me a mulher sem pudor!
Lembra a ânsia vivida e nua.

Lá no fundo de um perfume;
Os doces versos são a flor...
Ama a saudade de um ninho,
Quero-te a flor! meu amor.

Como a mulher nua sem azo;
Sou ditoso! És minha amada...
Galopa o ardor do meu corpo,
Sem força! A nudez molhada.

Sou D.Juan! Eis-me o alento...
Ó veste atrevida! És minha...
Ó espádua nua! Dou-te o verso:
"Amo-te, és minha! Sem vinha..."

Lucas Munhoz

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