Porque te quero tanto,
Depois de tanto pranto;
Porque te quero tanto,
Depois de tanto desencanto.
Ouço a tua voz no cálido vento,
Que anda lento comigo, sonolento,
Triste tormento...
E ouvindo a tua voz posso jà
Sentir o cheiro da tua pele que me...
Dá uma vontade de beijar teus beijos...
Beijar teus seios...
Mergulhar num desnaveio e teu cheiro...
Enxugar teu corpo...
Adormecer, acordar e, novamente delirar...
Num delírio que só nós dois sabemos...
O meu amor não tem pudor, nem acanhamento...
Não tem nenhuma paciência...
Não agüenta mais a urgência do desejo;
Eu sonho os delírios mais soltos
E todos os gestos mais loucos...
Então eis que...
Ela se aproxima se assenta ao meu lado
Seus olhos correm pelo dorso nu
E se prendem num pano estampado
Onde jaz o que não deve ficar nu.
Imagino-a tocando levemente.
Uma rosa negra de folhas encaracoladas
E seus dedos assim carinhosamente.
Deixando-me louco de excitação
Meus olhos mantêm-se cerrados
Para não quebrar este encanto
E ela com seus dedos levados
Despe-me com cuidado e talento
Imagino o seu estado de admiração
Ao tê-lo em suas mãos delicadas
Ah! Qual poderia ser a sensação
De tocar uma coisa nunca tocada?
Mas eis que agora a penso desinibida,
Ousada e sorrindo maliciosamente.
Manuel Poète©
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