O tempo vai levando cruelmente
vidas, amores, glórias e venturas.
Dissabores espreitam lá na frente
e os sonhos viram pó e desventuras.
Ao procurar motivo que contente
um coração cansado das agruras,
minha oração se eleva docemente
e busca a paz que desce das alturas.
Mas o tempo não para e nem descansa,
não permite sequer uma esperança
que me deixe mudar o itinerário...
Impossível fugir do meu destino
já traçado, talvez, desde menino:
_ levar sozinho a cruz do meu calvário!
Filemon F. Martins
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