No despertado rito dos amores
Saber da pele que o desejo afaga
Segredo é desvendado quando fores
Eterno paraíso, a madrugada
Arrebatando a gula mil sabores
Atirem-se à ventura que me traga
A fúria do prazer por tais odores
Em contenda da lide incendiada
Certa maneira bela a mente veste
Ao corpo a sensação desperta vida
Na amável sedução da luz que despe
Por si somente a hora é sem saída
Por ela reza um ato inconteste
Que faz a humana seiva assim parida
Miguel Eduardo
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