quinta-feira, 28 de abril de 2011

KUNDALINE


No despertado rito dos amores
Saber da pele que o desejo afaga
Segredo é desvendado quando fores
Eterno paraíso, a madrugada

Arrebatando a gula mil sabores
Atirem-se à ventura que me traga
A fúria do prazer por tais odores
Em contenda da lide incendiada

Certa maneira bela a mente veste
Ao corpo a sensação desperta vida
Na amável sedução da luz que despe

Por si somente a hora é sem saída
Por ela reza um ato inconteste
Que faz a humana seiva assim parida

Miguel Eduardo

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