Fujo de tudo
Que não me traz amor
Em vão eu teço
Vestes de esperança
Que nutrem o pranto
Vivo sem esperas
Fluo desencontros
E deles retorno
Para o mesmo ponto
Não anseio o amor
Que corta a carne
Que arde no sol
Porque tempo não há
De amar assim
Já não floresce o verde
Não planto nem semeio
E, se acaso sorrio
A face treme...
Fui jardineiro
De quintal sem húmus
Mas pelo menos
Ainda sou capaz
De subir em árvores
Para olhar o mundo
Maria Jose Zanini Tauil
Sem comentários:
Enviar um comentário