quero aquele olhar de desejo
aquele arrepio na espinha
a sensação de cocegas
no estomago
quero aquela doce letargia
entre o real e o etéreo
enquanto nossos olhos parecem
perder-se na paisagem
do momento real
tomar sua mãos entre as minhas
olha-las com olhar de ternura
o desenho de suas palmas
e delineá-las com minha boca
arrepiando seus sentidos
mais arraigados
não tenha pressa
quero esperar aquela hora
em que sua respiração muda de tom
e tocar seu corpo
como um instrumento
sentindo cada nota
nesse momento de amor
mas primeiro
quero deita-lo como um menino
mover meu corpo em suaves ondas
como se dançasse ao som
de seus desejos
quero despir-me diante de seus olhos
em delicados gestos
mas enquanto tiro a minha blusa
quero que antes de se deter em meu corpo
perceba a languida emoção
da expressão do meu rosto
e desça lentamente os seus olhos
olhando meus seios despidos
que se arrepiam com seu olhar
enquanto desabotoa meu jeans
meio surrado
perceba a minha lingerie
cheia de rendas
que comprei para lhe encantar
e sorria para mim
de um modo maroto
depois deixa que eu deite
sobre seu corpo nu
quero suas mãos acariciando-me
suavemente, com carinho
enquanto nossas bocas se procuram
em beijos mornos e enlouquecidos
tire minha ultima peca…
mas sem pressa…
deixe que meus lábios escorreguem
em seu corpo... e alcancem
todos os do-re-mis das suas fantasias
ate que unidos, sejamos um só corpo
e quando aquela calma emocionada
fazer nos dois não entendermos nada…
pega-me em seu colo
e enquanto afaga meus cabelos
deixe que eu beije os seus olhos fechados
beija a minha boca com paixão
e grudado em meu corpo
embala-me em seu coração
Mary Fioratti
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