Sinto meus olhos marejando, a cada instante
Relembrando nossos eternos bons momentos
Pensando no adeus, que se fez tão relutante
E meu corpo, a esmorecer por tais tormentos
Sinto um estranho gelar de minhas entranhas
Arrepios de um supremo e descompassado pulsar
Misto d' uma terna dor e d' um prazer tamanho
Enlouquecendo-me, n' um incontrolado rir-chorar
Sinto a brisa do mar a chegar lá na montanha
E o azul do céu a anilar nossos caminhos
Como u' a mágica troca de ternos carinhos
Sinto a água borbulhando em nuvens brancas
Gestando o puro alimento para o renascer da flor
Revelando com seu aroma_ é tudo_ simplesmente, amor...
Maria Luiza Bonini
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