deixo a noite me falar de ti;
atenta e desarmada de dor,
te faço amor caminhante
nas curvas do infinito;
no beijo do abismo que
abraça a imensidão
nos sonhos facetados
onde cabem fantasias
que são parte de nós;
no sol o reflexo da lua,
amplexo da brisa rolante
bebendo o arrepio,
embriagando-me de ti;
necessariamente acende
nas entranhas a doce,
estranha e desnecessária
saudade que te amanhece
e anoitece em mim
colorida de nós;
esse é o mundo que quero;
no mar cor de rosa,
um céu amarelo de amor.
Marisa de Medeiros
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