sexta-feira, 17 de agosto de 2012

AMANTES


A luz era morteira...
Mas ao cair as tuas vestes
Revelou-se a obra de arte
Que envolvia a magia do momento!

Suas curvas faziam ofuscar a luz da lua
Que tomada por ciúme queixou-se as estrelas
As madrugadas recolheram seu orvalho
E o manto da noite ocultou o sereno.

E inocente nobre donzela descobriu-se então
Na opaca luz revelando do corpo o segredo 
Palpita coração lábios trêmulos ocultos sob o véu
Perfume de mulher incitando o carnal desejo

Deslizando-me por entre seu ventre como rio corrente
Vou acariciando teus seios exaltando nossos desejos
Meu corpo inspira devaneios, quando beijo o teu sexo
Sentindo o licor de teus anseios aquecerem minhas mãos

Nossos suores se misturam aos nossos delírios
Palavras insanas, em abafados sons murmuraram
Suspiros de paixões enquanto nossas entranhas
Rompem-se nos gemidos de intensos e obscenos orgasmos

O botão abriu-se em flor rendeu-se ao perfume da noite
A virgem desabrochou-se em uma fascinante amante 
Agora sem sua companhia já não consigo mais viver. 
Rendi-me aos seus encantos de delicada mulher

Baroneto.


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