quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A beira da lareira...



A minha alma tranqüila
Ressuscita quando vejo sua silhueta
Por entre os panos que recobrem minhas vistas...


Lá de minha janela
Aguardo sentado na velha cadeira
A beira da lareira
Vejo as chamas bailarem no ar
Estampando seu dançar
Sobre as brasas.



Aquela corrente de ar
Revive um pedaço de carbono
Largado no cinzeiro
Inerte no depósito.



E aquelas brasas esquecidas
De hora para outra
Voltam a aquecer
Aquele imenso salão frio...


Fabão Silva

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