quarta-feira, 13 de junho de 2012

AMORES DE ONTEM



Tantos amores tive, por tantos eles estive,
nem por isso deixar de amar deixei,
Reverberei versos em querelas de antanho,
sem acanho, vivia por elas sonado,
enciumado de tanto amor incontido,
hoje perdido estou, em minhas recordações...
 
Versos de amor, dediquei a elas,
lindas palavras, outras singelas,
por tudo isto me recolho agora,
embora veja tanto amor de outrora,
de quimeras não passaram...

O ser em tese, quer amar e viver,
o não ser, antítese numa absurda verdade,
fica uma ansiedade, porque em síntese,
um dia qualquer o amor virá a ser...

Os amores de ontem se foram,
os de hoje vieram, enraizados ficaram,
sobram amor prá todo gosto:
amor de todos os verões e invernos,
primaveris quando vividos,
outonais quando findados...


Carlos Lira

Sem comentários: