Já pelejei pelo amor como se fosse,
Um vigoroso lutador de vale-tudo;
Derrubei os rivais com gosto doce,
Ganhei, mas o cinturão estraviou-se,
Fui campeão derrotado, contudo...
Já usei os truques de grande mago,
Fazendo desaparecer meus defeitos;
Mas, depois, foi bem maior o estrago,
O prometido, em tempo não foi pago,
Mister M, desnudou os meus jeitos...
Prometi a lua sem um palmo de terra,
E a droga da promessa soou eficaz;
Entre mentir e crer, quem mais erra?
A urgência dos tempos de guerra,
Vira loucura nos dias que reina a paz...
Agora não luto, engano, ou prometo,
Que o amor venha, suave como pluma;
Se não vier sobrevivo em meu gueto,
Só não vou pintar de branco o preto,
Como sou, se quiser ela me assuma...
Que ameixas caiam sozinhas maduras ,
E teu desejo despreze suas vestes;
Que as posses bastem à tua procura,
E o próprio querer seja uma silente jura,
De ser fiel às razões pelas quais viestes...
Leonel Santos
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