sexta-feira, 6 de maio de 2011

Soneto do amor total


Amaste... Se te amo a languidez d´água,
Porque és langor, sabes que és meu viver
Quero-te a chama da vida a escolher;
Pede-te o meu peito amante à flor nua.

Amar já pude o clangor como a lua...
Porque és sol da volúpia, como o ser
Deixo-te ver a hóstia sagrada a arder;
Amo-te, mas o anjinho que ama a rua.

Amor, porque amas o anjo da pureza;
Tens o calor íntimo a amar-me o céu...
Abre-te o fado, se és minha beleza.

Queres o fulgor sereno a adorar-te;
Amo-te o Cupido amável em véu...
Amas, como a Vênus à maior parte.

Lucas Munhoz

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