Lá perto de onde meu amor morava
tudo ficou impregnado de um perfume
que não sairá jamais...
Sob os ruídos do trânsito
debaixo dos viadutos cinzentos
só eu sei, das cores brilhantes e vivas...
do silêncio eloquente...e sagrado,
que mil passos apressados
e todo estardalhaço do trânsito,
não conseguem abalar...
Só eu vejo ali, onde meu amor morava,
pequena capela oculta entre verdes heras...
rezando as mesmas devotas orações.
Só eu sei das vozes harmoniosas de um coral
que não pára nunca de cantar...
E de toda inocente e legítima infância
ensaiando risos suaves e soprando beijos
a todo aquele que por ali passar.
Enquanto o táxi desliza sobre as poluídas ruas,
rumo à urgente mediocridade
delicio-me com as imagens revividas
e aconchego-as em meu coração...
Deixando ali minha alma -esvoçante e feliz.
Mareluz.
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