sábado, 14 de maio de 2011

DESPEDIDA


Vida que consome minha vida...
De ti só lembrança hão de restar.
Cairá no corpo inerte a escuridão.
Liberdade, alma no infinito a vagar.

Lírios nos campos, véu de noiva...
Suspira a relva no delicado toque
Da brisa molhada pelo sereno
Que fora da madrugada o orvalho.

Aos poucos, despeço-me da vida.
Pois sei que o ser não morre jamais
Vou ao encontro dos imortais....

Como pétalas caídas no inverno...
Sou renascença brilho de fina luz...
Criado no seio do sopro divino.

Baroneto.

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