Por onde andei eu procurei teu rosto
na multidão passando na avenida,
olhares me falaram de desgosto,
saudades me lembraram despedida.
Não encontrei, embora bem disposto,
aquela voz de amor, enternecida,
que me manteve, outrora, no meu posto
minorando as agruras desta vida.
A esperança renasce a cada aurora
e enquanto a vida se fizer presente,
a procura também se faz mister.
Meu coração cativo ainda chora
querendo eliminar a dor pungente,
- a ausência deste rosto de mulher!
Filemon F. Martins
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