quinta-feira, 26 de maio de 2011

INDELÉVEL!


A chuva escorria pela vidraça...
Deslizava como minhas lágrimas gélidas,
Meu corpo estendido e escondido,
Debaixo dos lençóis agonizava,
Sufocada pelas mágoas antigas algemadas,
Sob o céu negro de sombras lúgubres,
Gemidos e sussurros açoitam meus ouvidos,
Enquanto meus sonhos de vida escapam atordoados,
Prisioneira de feridas indeléveis,
Que não cicatrizam...que sangram...
Há tantas chagas em meu coração,
Há tanta ausência do sentir!
E completamente amordaçada minha emoção,
E um grito ecoa dentro do meu cerne,
Inconsciente vou ao encontro do que almejo,
Matar a serpente do destino,
E arrebatar minha liberdade,
Exumando essa tal Felicidade!!!

(Rachel KeKa)

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