Brinco de rei no castelo do teu corpo,
exploro como explora o vagalume
as entranhas escuras da noite...
Atrevido passeio nos vales e relevos,
Sei onde me deter por mais tempo.
Sei onde devo parar e parar o tempo...
No teu corpo todo caminho é de mão
dupla; e a minha mão acha o encaixe
perfeito e sabe o jeito de se fazer direito...
Feito um louco deságuo na quentura
do teu colo; ninguém, além de nós,
conhece bem o milagre que faz o amor...
Nos botequins conversas jogadas fora,
alguns falam sobre a entrega entre os
corpos, outros se oferecem entre os copos...
E, na noite vindoura, novamente eu vou
brincar de rei no castelo do teu corpo;
que é único nas noites dos vagalumes!
Brinco de rei no castelo do teu corpo...
IVAN CORRÊA
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