Somos dois marinheiros
Salvos de naufrágio
Em isolada ilha
Um à espera
Do fim de cativeiro
O outro antevendo
O porto desejado
Somos testemunhas
Do pranto um do outro
Suspiramos a mesma solidão
E muitas vezes se procuram
Nossas fraternas mãos
Em nossas asas sutis
O voo esquecido
Mas corações voam
Mesmo alagados
Em torrentes de sangue
E de solidão...
Dois seres isolados
Miserável e doloroso estado
Generosa...
Curo-te a ferida
Solidário...
Velas meu cansaço
Mas...não sei afinal
Porque milagre
Em ondas de prazer
Nós nos unimos
E...sem querer
Voltamos a viver!
Jô Tauil
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