domingo, 19 de junho de 2011

Doce Menina (Brisa apaixonada)


Deixo-te ver as flores da saudade;
Do acalanto que já vens o bom posto
O licor, a luzir-me o doce rosto!...
Beija-me a boca entre a bela bondade.

Lá na esquina do amor: "Amo-te o véu!"
Viste o sol augusto que sente o lago;
Do palor sedutor que já me afago!
Sabes, ó flor eterna! Deu-me ao céu.

A bulir-me, que em cor não perde o mar?
Sim, E no teu licor que vês o anelo!...
Do licor aos meus prantos a vivê-lo.
Aquece-me os cantos que é do meu lar.

Podes amar-me os meus lírios do amor;
Se o sentimento olvidar-me os carinhos!
Hás de cessar-me todos os bons ninhos.
Lembro-me a tua noite... Como a flor!...

Se te cessar ao véu do alento a ti...
Que, a mim do peito vai sentir-me o lírio
Dos cantos que sentes o meu delírio;
Querida! Mas no amor já me senti!...

Ó sedução! Que sentes o meu canto!?
São os amores nus - como o prazer;
Beijar-me os lírios já vens dar-te ao ser,
São os delírios nus - como o acalanto.

Lucas Munhoz

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