sexta-feira, 24 de junho de 2011

CONFISSÃO


Meu amor, fecho os olhos tentando não pensar,
mas o pensamento é inquisitor.
Insiste em mostrar mais uma vez a porta se fechando,
os seus passos se tornando cada vez mais distantes.
Imagino a sua vida sem mim. O sofrimento, as lágrimas.
A sua imagem jamais abandona o meu coração.
É feito marteladas que comprimem a carne,
me fazendo sentir, agora na dor, o que fizemos um ao outro.
Esse amor que machucou, feriu,
que machuca, que fere,
que me faz feliz ao imaginar o quão diferente poderia ter sido,
me acompanha na solidão, nas noites em que não tenho mais a sua presença.
Esse amor me diz adeus através de você, cada vez mais distante...
Esse amor que se encerrou com palavras ferinas, impensadas,
ainda está aqui, selado, em meu coração.
Ficou para sempre. E machuca. E jamais voltará.



rubo medina

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