sábado, 19 de fevereiro de 2011

SOBRE O QUE VALE A PENA


A convicção de petrificar sonhos,
o amar incondicional, incontido,
paciência para cuidar do jardim,
recomeçar a cada lua cheia,
vagar por cada rua vazia,
ouvir aquela música mil vezes,
amar, sempre, como se fosse
a vez primeira, fosse eterno,
subjetivar a matéria materna,
não admitir que pisem seu quintal,
que governem a sua aldeia,
não reprimir sentimentos,
abortar idéias, sem importar
com dimensões, profundidade,
infringir o convencional, o comum,
trilhar sendas ainda não pisadas,
brilhar mesmo com intensidade
de uma frágil e raquítica vela.
Vale a pena ser voce mesmo,
sem cópias, plágios, imitações.
Vale a pena estar bem, bonito,
sem clichês, rótulos, lugar-comum.
Rir de voce mesmo, não levar
muito a sério essa vida passageira.

[gustavo drummond]

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