Quando a dor
Consegue atravessar
A porta de todo nosso eu
Não é dor, é tortura...
Se um amor
É capaz de fazer
Perdermos nossa dignidade
Não é amor, é doença...
Se nos acostumarmos
Com nosso próprio flagelo
Não somos seres reais
Somos uma sombra de um nada
Por isso, devemos primeiro
Amar a nós mesmos
Para termos capacidade
De amar alguém...
Como podemos dar amor
Se não amamos nem a nós mesmos?
Como podemos aconselhar...
Ajudar... Acariciar... Acalentar...
Se não permitimos receber
Um gesto de ternura de alguém?
Afinal
Ninguém pode dar aquilo que não tem
Portanto
Amemos com serenidade
Para que nos amem com veracidade
Nadja Ramalho
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