Debruço-me
Sobre a janela do meu quarto
E, olhando o infinito do universo
Tento encontrar razões
Que justifiquem essa tristeza...
Essa agonia... Essa angústia...
Essa saudade de não sei o quê...
Essa imensa vontade de chorar...
Então
Decepcionada, percebo
Que meu sofrimento provém
Da fragilidade de minha alma
Que é regida pela emoção...
E que não estou conseguindo
Suportar o peso de minha cruz...
Agora
Já nem sei se nessa vida
Sou sol ou lua...
Barco ou mar...
Verdade ou ilusão...
Rosa ou roseira...
Mulher ou menina...
E a resposta que encontro
É que, na imensidão desse mundo
Quando penso saber de tudo
Descubro que nada sei e que
Nessa vida sou apenas uma
Simples aprendiz
Nadja Ramalho
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