Careço urgente cruzar tuas fronteiras,
E explorar tua encosta sem merecer,
sorver do desejo em tuas ribanceiras,
Onde serei teu sumo caso tu queiras,
Servindo anseios e querendo beber...
Ler em braile os encantos do teu mapa,
Cuja fonte de delícias jaz embaixo do X,
Mais perto , a cada gemido que escapa,
Tuas colinas gêmeas, a mais bela escarpa,
Onde entre beijos vou escalar bem feliz...
Mas o medo de quem já foi desterrado,
logo reconhecido, ser expulso de novo;
Colher desengano nem tendo plantado,
por ter a paixão outra vez enganado,
e me feito sair, buscando pêlo em ovo...
Amor, doidivanas que vê a porta aberta,
Onde está vetado, soa, entrada franca;
estragos pretéritos, num segundo acerta,
Visão falha, mas penso que estava alerta,
Quando vi tremular uma bandeira branca...
Mas caso tu queiras, entrar em meu país,
Recebo com banda, pompa e circunstância;
Feriado nacional, dia oficial de ser feliz,
Ouçam súditos, o que ordena a imperatriz,
Prendam a ferros, o tempo e a distância...
Leonel Santos
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