segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

SUTILEZAS DO AMOR


São tantas, algumas arteiras,
Outras calmas, tão serenas,
Parecendo flor desabrochando,
Que num leve torpor de mente,
Desperta sorrindo como criança,
E atinge corações enamorados.

A arteira não tem consistência,
Pois não busca despertar paixões,
Somente passagens repentinas,
Quem sabe até falsas euforias,
Momentâneas que depois se vão,
E nem marcas deixam para quem viveu.

O amor sereno é calmo como a brisa,
Que busca atingir quem realmente ama,
E em seus rostos deixa todos os fluidos,
Perfumes que das flores vai buscar,
Colhendo nos jardins as mais perfumadas,
Pois sabe que dois corações vai atingir.

Mostra-lhes a face do amor verdadeiro,
Muitas vezes simples e sem vaidades,
Pois habita corações só com purezas,
Que se encantam com uma flor silvestre,
E extasiados contemplam sua beleza,
Pois sabem que ela habita na natureza.

Depois quer lhes mostrar o lindo por do sol,
Calmo e sereno ao pincelar nuvens coloridas,
Que se enfeitam de cores extasiantes,
Para recepcionar a noite toda estrelada,
Que tem na lua bela seu esplendor maior,
E nessas sutilezas o amor então se instala.


Jairo Valio

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