quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

EPIDEMIA DE AMOR


Que prolifere agora, infindável,
por todos cantos, meios,
vales, fendas, esquinas
uma epidemia incontrolável,
nas pontas, entremeio,
hangares, usinas;
de amor gratuito, expansivo,
sem dimensão, constante,
simplesmente se espalhe,
sem explicação e motivo,
dissimine o bastante,
em minúcias, detalhes,
contamine todos entes,
elimine conceitos contrários,
se esparrame por toda gente,
de modo mais arbitrário;
amenize as dores do mundo,
suavize a mútua convivência,
se entranhe bem profundo,
seja incurável; e de nascença.

[gustavo drummond]

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