domingo, 2 de janeiro de 2011

BOEMIA.


Pelos degraus da vida...
Toscos e limbos está.
Uma alma que o tempo em...
Sua memória a muito se apagou!

E por que em dádiva o fez...
Uma gota de sereno...
Nobre cavaleiro da madrugada
Arrebatou em seu caminhar
Andarilho alma triste a vagar,

Tocado por uma ponta de ciúme...
Orvalho noturno disse ao sereno...
O ato de recolher o que perdido está
Não pertence á gota, mas ao brilho...

De um ligeiro sentimento possuído
O sereno entristecido disse ao orvalho
A suavidade de teu pranto noturno...
Faz-se em pequenas gotas cristalinas.

Mas, a nobreza de tua fragrância está
Na essência que depositamos na sua alma
Se não te damos brilho, te damos o frescor
Que faz de ti da lua e das estrelas
O fluido da alma do boêmio sonhador.

Baroneto,


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