segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

NO ABISMO DOS TEUS OLHOS


Há muito mais no abismo desses olhos,
Que os meus faróis noturnos possam ver.
Nos mares que navegas, tão simplórios,
Meus remos não conseguem se entender.

Há muito mais que mel desses teus lábios,
Que a minha boca, em sede, vá sorver.
Dos teus sorrisos, faço os meus larápios,
Ladinos são, que os teus querem prender.

Há muito mais auroras nesse dia,
Há muito mais que versos na poesia,
Que as nossas rimas possam tangenciar.

Assim, jogo-me inteira nesse abismo,
Sem medo, imersa n’água do batismo,
Que os olhos desse amor fazem brotar.

( Autor desconhecido )

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