Em algum lugar desta praça,
maldizendo a sua sina,
uma mulher chora em surdina,
tentando afogar a tristeza.
E mesmo que as suas lágrimas não veja,
qualquer um que por ali passe,
estranha e se compadece,
adivinhando o seu amargor.
Em algum lugar desta praça,
com um semblante demente
uma mulher chora copiosamente,
embora mantenha seco o olhar.
E ainda que não lhe ouçam os soluços,
seu peito estremece de dor:
chora pela juventude perdida,
pelas tantas idas e vindas,
que, afinal, nem foi nem ficou.
Sueli de Carvalho
maldizendo a sua sina,
uma mulher chora em surdina,
tentando afogar a tristeza.
E mesmo que as suas lágrimas não veja,
qualquer um que por ali passe,
estranha e se compadece,
adivinhando o seu amargor.
Em algum lugar desta praça,
com um semblante demente
uma mulher chora copiosamente,
embora mantenha seco o olhar.
E ainda que não lhe ouçam os soluços,
seu peito estremece de dor:
chora pela juventude perdida,
pelas tantas idas e vindas,
que, afinal, nem foi nem ficou.
Sueli de Carvalho
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