sábado, 3 de outubro de 2009

Tropeçando nos nós


No barulho das ruas
Asfalto e acidez
Dos olhares medrosos
Sem culpas, sem brilho.
Enchem espaços vazios
Do pensar em trilhas
Nos trilhos de antigamente
Fumando no espaço místico
Desse sorriso lento.
Perdeu-se o passo
Tropeçando nos nós
Que não foram
Nem nunca serão, laços.
Circundam meu mundo
Fazendo silenciosas
As ruas do meu coração
Com gosto de sangue
A saliva e as veias
Tão ácidas como os olhares
Sem culpas nem brilhos.
Descarr(ilhou-se) no trilho
A vida e seu trem.
Do amor ao ódio
As trilhas que teu ser ignóbil, fez.

Cassia Da Rovare

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