segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Areia branca


Numa mão uma rosa para você
Na outra toda a agonia em te conhecer
No peito não há mais lugar
para tanta saudade...
Uma brisa vinda do mar toca meu rosto
Prevendo momentos de expectativas
e alegrias
Te vejo ao longe, descalça,
correndo para mim
Era a mesma menina que sempre desejei...
A areia branca se espalha para os lados
Sem pressa,
assiste a mais um momento de paixão
O nosso momento, aqui e agora, só nosso!
Eu corro para você...
Neste momento o tempo pára
Espera, intrépido,
o desenrolar de nossa história
Teu corpo, coberto de tecido de cetim,
Deixa meus olhos verem tuas curvas...
Curvas insinuantes e provocantes
Atiçam meus instintos mais profundos
Teu poeta se transforma em teu lobo
Agora sedento de você.
Toco tua boca com minhas mãos
Extravaso toda saudade e angústia do peito
Poucas palavras são pronunciadas
Nossas bocas, agora mudas,
falam o idioma do amor...
Não importa agora mais nada
Nem o tempo de espera,
nem os momentos em que
perdia a esperança
Em apenas um momento tudo se apagou...
Somente eu e você é o que importa
A natureza sorria, somente para nós.
Falávamos através de gestos espontâneos...
Toques suaves substituíam nossas energias
Eu me renovava em você e você em mim
Lágrimas corriam ao léu...
Pronunciando uma felicidade jamais sentida
Dois corpos sedentos, um amor bandido
A vida perdia todo sentido...
Somente a areia branca como cúmplice
Uma luz entrou em meu quarto
Acordou-me deste lindo sonho
Era o sol que me acordava
Mais um dia em minha vida...
Longe de você...


Eduardo Baqueiro

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