Sabe quando falta o ar
e o tempo pára pra você?
Quando é manhã
e ninguém mais vê?
Sabe como é amar assim
sem saída?
O corpo que dói na despedida
Rolando sem sal, sem mar
A cama marolando
o gosto doce do gozar
Nas mãos do grande menino
Vi o sorriso ingênuo
invadir maligno
apressando os faróis
espantando os corais
dizendo é hora de vagar
Sabe como é amar assim
sem saída?
Quando a alma treme
E o suor despeja de vida
A voz num sussurro, geme
E o pensamento fica assim
sem leme, sem saída?
A parte mais calorosa do ser
sendo inteiramente acolhida
Sem ilha, sem paz, sem leme
Dizendo adeus para sempre
Para sempre partida.
(Sheilla Alves)
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