sexta-feira, 6 de julho de 2007

A FELICIDADE DO OUTRO...


Acho que sabemos que amamos verdadeiramente uma pessoa quando a vemos partir,

isso nos parte em mil, e ainda assim desejamos que ela seja feliz,

mesmo se nossos mil pedaços vagam chorando em cada canto.

Só o amor nos torna seres assim tão superiores, capazes de tanta grandeza.


Desejar a felicidade de quem magoou nosso coração não é assim coisa tão fácil.

Exige de nós uma força extraordinária.

Uma luta se trava em nós: parte nos empurra,

nos cega para o bom e abre nosso coração à mágoa

e outra parte se enche de ternura com as lembranças do que de bom vivemos.

É nosso eu doente e nosso eu são dentro de um mesmo espaço e cada qual tentando falar mais alto.

Como desejar a felicidade de quem nos feriu?

Como passar por cima?

Não somos santos, é o que nos dizemos.

Somos feitos de carne, osso, alma e coração.

Temos sentimentos... e os bons ficam assim tão miúdos quando os maus aparecem...

Só mesmo um coração maior que nós e nosso eu para vencer uma luta como essa.

Só mesmo um amor sem tamanho e uma bondade sem limites.

O amor é uma água bendita!

Ele lava as mágoas, ele purifica, deixa branco, sem mácula.

Se você for capaz de perdoar a alguém que feriu seu coração e ainda desejar a felicidade dele,

saiba que o amor é o dom maior que vive no seu ser e que você é uma pessoa bem-aventurada!
E pessoas bem-aventuradas não só caminham com a felicidade do lado,

elas caminham de mãos dadas com ela e vai chegar fatalmente o dia em que essa felicidade vai abraçá-las.


(Letícia Thompson)

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