segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Sorriso de chuva



Sonhar,deveras,muito seria preciso...
Era,se bem me lembro,um dia de chuva,
Quando ,encantado vulto em nevoa turva,
Feitiço,sumo que embriaga,naquele sorriso.

Qual gota d’orvalho sobre branco jasmim,
Choravam as nuvens formando fina ribeira.
Ao longe,da capela, preces abençoadeiras,
Temia minh’alma;”Ah!O que será de mim?

Senti,porém,estranha saudade,naquela alegria,
Ah! Que os lábios macios,meus seriam jamais !
Sorriso de lua,ao mendigo d’amor,riqueza demais!
Quedei -me,na lama,imerso em profunda agonia...

Contudo,fino raio de sol,rebelando,fez-se chama,
Digo verdade neste poema,o que deveras se sente!
Fugia,sim, da vida,quando súbito,um beijo ardente .
Ah!Eis o misterioso dom de quem,realmente ama!



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