A noite caiu...
observo o mar na escuridão de uma noite sem luar
e conto as estrelas que há no céu.
Entre devaneios e divagações
perco a conta das estrelas
meus olhos buscam uma lua
que se esconde além do que posso ver.
Mergulho no infinito de luz ausente
e na claridade do meu pensamento
a luz da tua lembrança
se apossa de mim.
Nesse delírio, mergulhamos nas águas,
nossos corpos, fulminando de amor,
queimam a frieza do mar,
e transformam as areias da praia
num palco de emoções.
Lá longe, a lua cega de inveja,
desponta e ilumina de propósito
nossos corpos molhados, entrelaçados,
e as nossas mãos mais atrevidas.
E, sem lhe dar atenção,
seguimos na estrada da vida
fazendo o amor que explode,
que transcende e não sabe dizer não.
O luar, silenciosamente, testemunha com as estrelas,
meu delírio sem limites, a vontade nua recolhida em meu ser,
o desejo louco de ganhar asas, de voar, de te alcançar,
e de me entregar, inteira e sem pudor, a você.
Jô Albuquerque
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