quarta-feira, 27 de março de 2013

Amanhecendo em ti



É da tua boca o gosto das cerejas matinais 
Quando os nossos lábios se descobrem ao nascer 
Do sol, nas áleas quedas da cidade, ancestrais, 
Onde vagueia a frutuosa brisa do prazer. 

E o tempo pára sem urgência nesse instante 
E sem pressa me aconchego no teu corpo 
Como um navio que acosta no seu porto 
E do revoltoso mar já só evoca o som distante. 

Amanhece em nós a euforia dos sentidos, 
Na tua pele a minha pele consumida 
Estremece a cada gesto impaciente da investida. 

E já despontam sonhos derramados em sorrisos 
Quando a manhã acorda em tons de fogo e de doçura 
Deixando nos lençois o aroma etéreo da ternura ...


( Autor desconhecido )


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