Chuva que cai, sobre minha
janela, assim, tão fria...
Tempestade, cai sem parar
sobre nossas almas vazias.
Olhos que correm, atras das
luzes, em toda a cidade.
Nos cantos escuros busco a
tua claridade.
Pois onde estão teus passos,
que me guiavam pela vida?
E onde estão teus abraços,
que não deram despedida?
Vejo teu rosto, pela chuva
iluminado,
vejo tua face, de lágrimas
manchada.
E ouço tua voz, que soa tão
distante...
Vejo tua pele, tão marcada,
e a maquiagem, desgastada.
Eu vejo-te em meus braços,
neste instante.
Noite de insônia, e dores de
momentos;
o vento, traz pra perto teus
lamentos.
Teu riso, lembrança que não
envelhece.
Tua pele marcada do tempo,
que, com o frio, empalidece.
De repente, por apenas um
breve segundo,
nossas almas se reúnem, tão
longe deste mundo.
E eis que a nossa tristeza é
tomada por tantas emoções...
Que nós, perdidos na chuva,
unamos os nossos corações...
Ronaldo Thomé
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