sábado, 26 de janeiro de 2013

Perdidos na Chuva



Chuva que cai, sobre minha
janela, assim, tão fria...
Tempestade, cai sem parar
sobre nossas almas vazias.

Olhos que correm, atras das
luzes, em toda a cidade.
Nos cantos escuros busco a
tua claridade.

Pois onde estão teus passos,
que me guiavam pela vida?
E onde estão teus abraços,
que não deram despedida?

Vejo teu rosto, pela chuva
iluminado,
vejo tua face, de lágrimas
manchada.

E ouço tua voz, que soa tão
distante...
Vejo tua pele, tão marcada,
e a maquiagem, desgastada.

Eu vejo-te em meus braços,
neste instante.

Noite de insônia, e dores de
momentos;
o vento, traz pra perto teus
lamentos.

Teu riso, lembrança que não
envelhece.
Tua pele marcada do tempo,
que, com o frio, empalidece.

De repente, por apenas um
breve segundo,
nossas almas se reúnem, tão
longe deste mundo.

E eis que a nossa tristeza é
tomada por tantas emoções...
Que nós, perdidos na chuva,
unamos os nossos corações...


Ronaldo Thomé

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