terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Do teu olhar...



chove saudade
doendo você;
tento fingir não saber
ou não sentir e querer;
é difícil admitir, tão
forte quanto mentir
pra mim é dizer que
não te amo ou esqueci,
tanto faz, te amo mais;
chuvinha fina apenas,
chora a mulher menina;
noite serena, amena,
parece não ter fim;
a dor que ensina,
tira o brilho da retina
do meu olhar que
se apaga para
acender o teu como
fosse meu, e eu,
tão tua como a lua
que te fascina;
mulher menina, ainda,
amor, saudade peregrina.


Marisa de Medeiros

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