terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um dia...


Um dia saberás!
Ao ouvir o bravio mar batendo nas pedras
Recolhendo os grãos de areia
Que fugiram de seu leito!
.
Um dia,
O sussurro do vento,
O coral das folhas que farfalham na mata,
A chuva que bate no telhado de tua casa
Te dirão!
.
Um dia,
O uivo triste do cão solitário
Na tapera,
O trinar do beija-flor gracioso,
O palpadrear das araras vistosas,
Te contarão!
.
Um dia,
Ao saborear o doce mel das abelhas
Silvestres,
Ao sentires o perfume da flor que
Se abre pela manhã,
Ao ver o sorriso inocente da criança
A espera do amanhã,
Ao observar a tristura dos atos
Dos que vivem de lembranças,
Notarás!
.
Um dia,
Pela voz azul dos pássaros,
Que escrevem seus passos,
Pelo azul do espaço,
Conhecerás!
.
Um dia!
Tarde demais!
Saberás, sentirás,
Pela vida que ora passa,
O quanto te amei...
.
E nesse dia,
Saberás,
Que cansada de esperar,
Embarquei na carruagem do tempo,
E conhecerás - enfim!
A dor de não ter tido!
Um dia!


Delasnieve Daspet

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