terça-feira, 13 de setembro de 2011

A NOITE


O poeta aprisiona
os fragmentos da noite.
Sacia a alma no beijo do luar,
no sabor da cama quente
dos amantes,
ao beber seus vícios
ao som dos copos de bar.

Farta-se no silêncio que acalma,
no breu que estremece
dos becos e vãos
nas esquinas da mente
chora e briga com a solidão,
ri e faz amor com a vida.

A noite é uma criança,
uma dama
tem boca e ventre
à espera da poesia.


(soninhaporto)

Sem comentários: