sábado, 23 de julho de 2011

NA CÁPSULA DO TEMPO!


No alpendre paralisante da inspiração,
Que o tempo sucumbe...
Sou embrião semi-morto da Poesia,
Que perambula oco no vento,
Tragado pela efemeridade em labirintos,
Gestação sem feto,
Em partos de só dores,
Peso morto moribundo,
Que jaz e não fecundo!
Túrgido e Fúlgido!
Vergo-me acabrunhado,
Acedo ao sarcasmo,
Quero ser a Morte!
Para ser simplesmente um Suspiro,
Quero ser semente no solo da Eternidade!
Viajar no compasso da Cápsula do Tempo,
Sem pés, sem mãos, sem rosto, sem Identidade!!!

(Rachel KeKa)

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