quarta-feira, 6 de julho de 2011

As três Julietas da poesia



I

Minha poetisa é como o sol terno;
Do meu amor, que a donzela me enflora...
Beijo-te às vezes como o fado eterno...
Vem banhar-me a paixão, ó sol materno!
Vós seduzíeis-me o logro, que o sol chora
Meu beijo é como a vaga sedutora...
Nos lauréis a mulher, os meus abraços;
Lancei-me os teus seios nos fortes laços.

II

Minha poetisa é como o sol quente...
Borrifa-me a mudez, como era a vaga
No calor da paixão, ó meu presente!
Do teu cinzento, pois ao sol ardente.
Beijei-te a língua... Eras a doce plaga!
Mas o desejo... Que, ao sol não apaga.
Lambei-me os cheiros nos lábios fogosos!...
Beijai-me os lábios nos olhos ditosos...

III

Minha poetisa é como o meu peito...
Sobre o leito de amor, minha princesa!
Nos corpos nus, ó meu lado perfeito!...
Senti-te o beijo no pescoço, em leito!
Aos dois amores, eis-me a cama acesa!
Meu coração é como a paixão presa...
Nas flores do carinho, eis-me a paixão!
Ó meus amores!... Ó minha perdão!...

Lucas Munhoz

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