Quero manhãs frescas de sol manso
E o orvalho enfeitando o seu jardim,
Quero na brisa o cheiro das sementes
E dos arbustos que ataviam seu quintal.
Quero uma rua de terra pra pisar
E passarinhos gorjeando em meu caminho,
Um violeiro a tocar n'alguma esquina
Canções bonitas de o meu peito trepidar.
Quero a esperança brotada nos seus olhos,
Contagiando minha alma, meu olhar.
Queira-me como se eu fosse a poesia
Do luar que entra por sua janela.
Quero sua pele de seda em minhas noites
E a penumbra a iluminar nosso delírio,
Palavras doces traduzindo os sentimentos
Mais intensos e mais fundos de nós dois.
Barão da Mata
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