Peregrino em romarias de amor
Em busca de teu beijo
Pelos tersos jardins das primaveras
Em caminhos debruados de rosas espinhadas
Encarnado do fantasma da paixão que me possui
Sigo o musical som de tua voz de salmos e baladas
Na suprema evocação de Euterpe
Vaticino nesta saga um embriagado encontro de duas almas
Sobre a fronde dos trigais da lua
Vestidas com as rendas das noites estreladas
Fiandeiras de místicas esperanças
Haverás de surgir neste caminho de solidão acanhada
Ungindo-me com as bênçãos de teus lábios
Aplacando com tua candura, meu sofrimento
Trazendo um murmúrio de sol para as trevas de meus sonhos
Aquecendo meu peito com a volúpia ardente de tuas mãos
Mãos de alvoreceres luminosos
Purificadoras de todos os martírios
Enchendo de prazer o palácio encantado de meus sentidos
Resgatando-me da fera imortal do abandono
Para a festa plena de nosso encontro
Nutrindo-me do amor que te inundas
Desencarnando-me dessa forma peregrina...
(AlexSimas)
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