quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Alegorias de Amor


Peregrino em romarias de amor
Em busca de teu beijo
Pelos tersos jardins das primaveras
Em caminhos debruados de rosas espinhadas
Encarnado do fantasma da paixão que me possui
Sigo o musical som de tua voz de salmos e baladas
Na suprema evocação de Euterpe
Vaticino nesta saga um embriagado encontro de duas almas
Sobre a fronde dos trigais da lua
Vestidas com as rendas das noites estreladas
Fiandeiras de místicas esperanças

Haverás de surgir neste caminho de solidão acanhada
Ungindo-me com as bênçãos de teus lábios
Aplacando com tua candura, meu sofrimento
Trazendo um murmúrio de sol para as trevas de meus sonhos
Aquecendo meu peito com a volúpia ardente de tuas mãos
Mãos de alvoreceres luminosos
Purificadoras de todos os martírios
Enchendo de prazer o palácio encantado de meus sentidos
Resgatando-me da fera imortal do abandono
Para a festa plena de nosso encontro
Nutrindo-me do amor que te inundas
Desencarnando-me dessa forma peregrina...

(AlexSimas)

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