Eu te vejo entre os lírios da varanda,
Quando o frio destas tardes outonais,
Traz consigo revoadas de pardais
Com a imensa alegria que Deus manda.
Eu te sinto quando o cheiro da quitanda
Se espalha entre as cercas dos quintais,
E te escuto naquela que grita mais
Das crianças juntas a dançar ciranda.
Tardes mansas...mansas tardes de outono...
Quantas vezes eu coberto de abandono
Iludo-me em ver-te pelos caminhos.
Mas depois da ilusão de cada cena.
O destino implacável me condena,
A vagar pelo mundo dos sozinhos...
Jenario de Fatima.
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